Um grupo de hackers publicou documentos confidenciais sobre medicamentos e vacinas contra a covid-19 na Internet, após o ataque informático à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) perpetrado em dezembro de 2020.
Os prazos relacionados com a avaliação e a aprovação dos medicamentos e vacinas contra a covid-19 não foram afetados, disse a EMA numa declaração publicada esta terça-feira na sua página oficial. A agência afirmou que continua a funcionar “em pleno” e que as autoridades responsáveis pela aplicação da lei estão a tomar medidas contra essa violação de dados que ocorreu no último mês.
Recorde-se que a EMA foi alvo de um ataque informático no dia 9 de dezembro. A agência lançou rapidamente uma investigação, em estreita cooperação com as autoridades. Porém, não ficou claro quando ou como é ocorreu o ataque, ou sequer quem foi o responsável.
Durante o hack foram divulgados alguns documentos apresentados pela Pfizer e pela BioNTech, durante a revisão regulamentar da sua vacina contra a covid-19, aprovada no mês passado, e que está a ser administrada em vários Estados-membros da União Europeia, incluindo Portugal.
A Agência Europeia de Medicamentos informou que notificaria quaisquer entidades e indivíduos adicionais cujos documentos e dados pessoais possam ter sido sujeitos a um acesso não autorizado. As ações da Pfizer caíram 2,2% em Nova Iorque depois disto.
Esta atualização da EMA surgiu depois depois de uma empresa italiana de cibersegurança, a Yarix, ter informado que encontrou documentos pirateados relacionados com a autorização da vacina da Pfizer/ BioNTech e processos comerciais na chamada ‘dark web’.
Um dos piratas informáticos divulgou uma publicação que continha ficheiros da EMA, incluindo mensagens de correio eletrónico confidenciais relacionadas com a produção e comercialização da vacina, segundo o diretor-executivo da Yarix.
Fonte: executivedigest.sapo.pt